sábado, 8 de junho de 2013

Bebê sequestrado por uma falsa enfermeira



A suspeita do crime aproveitou o momento que a mãe da criança foi ao banheiro e fugiu com a recém-nascida
Um bebê, de apenas um mês de vida, foi sequestrado, na tarde de ontem, por uma mulher que se dizia enfermeira. O fato aconteceu na Clínica Santa Edwirges, na Rua José Adail Soares, no bairro São Gerardo, quando a suposta enfermeira e a mãe da criança aguardavam por uma consulta com um pediatra.

A avó materna da criança, Suzana Araújo, esteve na Dececa. Ela levou para a Delegacia o jaleco que a suposta enfermeira deixou cair Fotos: Kléber Gonçalves

O pai da criança foi até à Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa) e registrou o caso. A delegada Ivana Timbó, titular da Especializada, iniciou as diligências à procura da suspeita. Segundo a avó materna da criança, Suzana Araújo Silva, sua neta nasceu prematura, quando a mãe, Jucyane Araújo, 21, estava com seis meses de gravidez. Por conta do nascimento antecipado, a criança precisava de cuidados médicos especiais.

Diante da fragilidade do bebê, uma pessoa que se identificou como Carla, e disse ser enfermeira no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), conseguiu se aproximar da família e sumir com a criança. Ela foi descrita como de baixa estatura, pele clara, cabelos pretos na altura dos ombros e espinhas no rosto.

De acordo com familiares da criança, Carla chegou ao Conjunto Tapabuazinho, em Caucaia, onde Jucyane mora, na companhia de outra moradora de lá, uma adolescente de 17 anos. A menor informou à Polícia que conheceu a mulher em um ponto de ônibus e conversaram por alguns minutos. Depois de alguns contatos, Carla acabou indo ao Tapabuazinho. Lá, a adolescente a apresentou a Jucyane dizendo que ela (a suposta enfermeira) era uma pessoa prestativa e que gostava de ajudar as mães com filhos doentes.

Policiais da Dececa foram ontem, à clinica requisitar as imagens gravadas pelas câmeras de segurança, numa tentativa de identificar a mulher suspeita do crime

Despesas pagas

Segundo Suzana Araújo, Carla disse ter um amigo que trabalhava em um hospital particular, que poderia conseguir, de graça, consultas e leite adequado para a criança. Desde terça-feira, ela estava empenhada em acompanhar Jucyane e sua filha.

As duas estiveram em um shopping no bairro São Gerardo, onde a suposta enfermeira disse que morava, e compraram roupas para a criança. Anteontem, ela teria comprado um bolo para comemorar o dia em que o bebê completou um mês de vida.

No fim da manhã de ontem, Carla foi à clínica com Jucyane e prometeu pagar a consulta. Já na sala de espera pelo atendimento, a mãe da criança pediu para ir ao banheiro e Carla aproveitou para fugir com a criança. Na recepção ela disse que iria sair para receber o pai da bebê, que estaria viajando, há seis meses, e teria voltado para comemorar o aniversário da esposa.

Quando Jucyane saiu do banheiro percebeu o que havia acontecido. A suspeita deixou para trás apenas um jaleco. A clínica informou que não havia nenhuma consulta marcada para a criança ontem, e este é um pré-requisito para o atendimento.

A delegada Ivana Timbó já solicitou as imagens de circuito interno do estabelecimento, que deverão ajudar na identificação da suspeita. "Ela provavelmente não é enfermeira e usava um nome falso", afirmou.

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