Na sexta-feira (04), uma oficiala de justiça se dirige a
Cadeia Pública de Iguatu, levando consigo um alvará de soltura para Adriano
Soares do Nascimento,24 anos, preso em
fevereiro por homicídio qualificado, quando espancou até a morte Patrício Alves
da Silva, numa praça do Bairro Alto do Jucá, na madrugada de segunda-feira
(24). O homicida se encontrava recolhido numa das celas do pavilhão dois da
unidade carcerária e segundo o diretor Roberto Wilson de Andrade, a oficiala se
dirigiu ao pavilhão um, quando terminava o banho de sol e o agente carcerário
já estava fechando e foi quando ela mesma chamou o nome do Adriano.
Coincidência ou não, neste pavilhão tinha um presidiário com
o mesmo nome, então houve o equívoco.Conforme informações da direção da unidade
carcerária, Roberto Wilson, não é obrigação do oficial fazer a chamada e sim o
agente penitenciário. Todos os detentos tem uma ficha criminal com os dados e
fotos e no momento da apresentação do alvará de soltura será feita uma
entrevista e pergunta-se o nome da mãe, pai e data do nascimento, respondendo o
detento assina e tem sua liberdade.
O engano
Francisco Adriano de Sousa, traficante foragido de alta periculosidade |
No momento da conferência, conforme disse o diretor Wilson “houve
um equívoco da oficala Jandira e quando ela chamou o nome do Adriano Soares do
Nascimento quem se apresentou foi Francisco Adriano de Sousa”. Entenda o caso: Francisco Adriano de
Sousa, considerado pelas autoridades como de alta periculosidade, foi preso em
fevereiro, numa operação realizada pelas polícias Federal, Civil e Militar,
quando várias pessoas foram presas e apreendidos 18 quilos de pasta base de cocaína
e 18 mil reais.
”Ele usou de má fé assinou o nome do Adriano e só foi
constatado o erro no outro dia, isto é no sábado. E quando percebemos o equívoco
tratamos logo de comunicar as autoridades para as tomadas de providências e
fazer a soltura de quem de direito”, acrescentou o diretor.
O traficante Francisco Adriano de Sousa que saiu pela porta
da frente da Cadeia Pública de Iguatu, está foragido e sendo procurado pela
polícia.
O que diz a família
Procuramos a família de Adriano Soares do Nascimento, que
deveria ser solto e ainda passou mais um dia no presídio e sua mãe Dona Maria Soares
nos recebeu mostrando-se preocupada com o equívoco e nos revelou que essa não é
a primeira vez que ocorre isso, pois conforme nos disse desde o dia da prisão
do seu filho os funcionários sempre confundiram.
“No dia que meu filho foi preso, até a sua saída ele sempre
ficou no pavilhão dois. Ele foi preso na segunda-feira e na terça-feira, fui
deixar umas coisas pra ele que pedi dinheiro emprestado, comprei e levei. Quando
cheguei lá entreguei a Jurandir e outro senhor que estavam lá e disse: entregue
a Adriano Soares do Nascimento que está no pavilhão dois e quando foi no outro
dia que fui visitar meu filho, ele disse que não tinha recebido e foi aí que
descobri que as coisas foram entregues a outro Adriano”.
Portanto, conforme relatos da senhora Maria Soares, mãe do
Adriano Soares não foi a primeira vez que aconteceu esse equívoco.
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