sábado, 22 de fevereiro de 2014

Duas crianças morrem soterradas em desabamento na capital



Image-0-Artigo-1552361-1
O condomínio Alto da Prainha foi construído há mais de 30 anos e havia sido invadido há 10 anos por dezenas de famílias. Os herdeiros do proprietário já haviam ingressado na Justiça com uma ação de reintegração de posse
Image-1-Artigo-1552361-1
O primeiro corpo encontrado foi o Antônio William Maciel, 10, por volta de 12 horas. Mais de uma hora depois, os bombeiros militares encontraram o do menino mais novo. Até os bombeiros se emocionaram com a cena
FOTO: ÉRIKA FONSECA
Os garotos brincavam de vídeogam e quando houve o desabamento. A mãe deles ficou ferida e foi levada ao hospital
Duas crianças, de cinco e 10 anos, morreram devido ao desabamento de lajes, em um condomínio localizado na Rua Lauro Fernandes Távora, 722, Alto da Prainha, município de Aquiraz. Pedro Henrique de Souza Maciel, 5, e Antônio William de Souza Maciel, 10, brincavam de vídeogame no quarto, quando ocorreu da tragédia.
O desabamento ocorreu por volta de 10 horas de ontem. A mãe dos meninos, Antônia Maria Silva Souza, ao ouvir o barulho, percebeu que o prédio estava desabando e tentou salvar os filhos, no entanto só conseguiu tirar o mais novo, Francisco Wellington de Souza Maciel, 5.
A criança nada sofreu e foi logo liberada, entretanto a mãe, que teve pequenas escoriações, permaneceu no Hospital Geral Manoel Assunção Pires, aguardando a chegada dos outros dois filhos, que ficaram sob os escombros. A primeira guarnição do Corpo de Bombeiros Militar chegou cerca de 30 minutos após a ocorrência.
O trabalho de remoção dos escombros foi muito demorado, principalmente por conta do material, que não podia ser retirado somente com pás. "A gente usou pás, as próprias mãos e um martelo de força", disse o capitão Humberto Carvalho, do Núcleo de Salvamento.
O primeiro corpo encontrado foi o Antônio William Maciel, 10, por volta de 12 horas. Mais de uma hora depois, os bombeiros militares encontraram o do menino mais novo.
Enquanto os bombeiros militares trabalhavam para resgatar as crianças dos escombros, uma ambulância do Grupo de Socorro de Urgência (GSU), do Corpo de Bombeiros Militar; e três do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), inclusive duas UTIs móveis ficaram postadas dentro do condomínio.
Por várias vezes, médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem tiveram de atender os familiares da, entre eles Francisco Wilson Martins Maciel, pai dos meninos. O capitão Humberto Carvalho informou que "só um milagre salvaria as vidas dos meninos". Ele chorou ao ver os copos das crianças.
A família morava no primeiro andar acima do térreo. A primeira laje a cair foi a do quarto pavimento, onde o morador teria mexido na estrutura.
A reforma no apartamento do último andar, sem o menor critério técnico, já tinha acarretado infiltrações de água no prédio. As manchas eram visíveis pelo lado de fora.
O titular da Delegacia Metropolitana de Aquiraz, Tarcísio Coelho, informou que notificará o morador, do quarto andar, para que ele preste depoimento.
A autoridade policial salientou que somente o laudo pericial indicará se o que ele estava fazendo no apartamento dele resultou na tragédia.
Em alguns momentos, os policiais presentes ao local da tragédia tiveram de aumentar a área de isolamento, visto que aumentava o risco de todo o prédio desmoronar.


FONTE: DIARIO DO NORDESTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário