PF descobre laboratório que fabricava crack

Um laboratório de crack foi descoberto, em Pacatuba (Região Metropolitana de Fortaleza), por agentes da Polícia Federal (PF), após a prisão de um homem de 26 anos, sem antecedentes criminais, no estacionamento de um hospital, em Maracanaú. Ele ia entregar 30 quilos de crack. A ação criminosa era objeto de uma sigilosa investigação há cerca de dois meses.

Delegado federal Erisvaldo Graça de Sousa, da DRE, apresentou à Imprensa local a droga apreendida, além de dinheiro, materiais e uma arma FOTO: HELOSA NASCIMENTO

Segundo o delegado Erisvaldo Graça de Sousa, titular da Delegacia de Repressão ao Tráfico de Entorpecentes (DRE), o suspeito transportou a droga em um Palio e a colocou em outro veículo da mesma marca. O condutor do outro carro não estava. Receberia a chave de volta e retornaria ao hospital, depois, sem levantar suspeita.

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Após a prisão do acusado, os policiais federais foram à casa dele, na zona urbana de Pacatuba. Lá, foram encontrados os produtos usados na produção de pedras de crack. No imóvel, foram encontrados dois liquidificadores, duas balanças digitais de precisão, um forno de micro-ondas e componentes químicos para serem misturados à droga para fazê-la render. "Cada quilo de pasta-base de cocaína rende três de crack", lembrou o delegado Erisvaldo Graça. Uma pistola calibre 380 e muitas munições também foram apreendidas.

As investigações da PF mostraram que a pasta-base de cocaína vinha da Região Norte do País. Provavelmente, a "mercadoria" ia de barco até Belém (PA), e chegava ao Ceará por via terrestre. A pessoa que receberia a droga em Maracanaú, fugiu.

De janeiro até o dia 3 de julho deste ano, os policiais federais apreenderam 650 quilos de cocaína e derivados, 1.70 de maconha e mais de 10 mil comprimidos de ecstasy. Em 2012, foram apreendidos no Ceará, 720 quilos de cocaína, faltando somente 70 quilos para que as apreensões de 2012 e 2013 se igualem.