sexta-feira, 21 de junho de 2013

Bandido cearense é preso no Amapá



Conforme a Polícia, o criminoso é o chefe da quadrilha que sequestrou um empresário em Mossoró
Um dos bandidos mais perigosos e procurados no Ceará foi capturado, ontem, pela Polícia Federal no Estado do Amapá. O pistoleiro e sequestrador José Wilson Trajano de Freitas foi preso numa operação da Polícia Federal, em Macapá. Trajano é apontado pelas autoridades como o chefe da quadrilha que, na semana passada, sequestrou o empresário norte-rio-grandense Fábio Porcino Júnior, o ´Fabinho Porcino´, do ramo de casas de shows, vaquejadas e revenda de veículos na cidade de Mossoró, interior do Rio Grande do Norte.

José Wilson Trajano de Freitas é conhecido da Polícia cearense há mais de uma década. Em julho de 2006, ele sequestrou um empresário gaúcho em Tabuleiro do Norte. A vítima passou 56 dias em cativeiro, e a família pagou o resgate FOTO: REPRODUÇÃO

O empresário foi resgatado pela Polícia, na tarde da última sexta-feira, no Município de Canindé (97Km de Fortaleza). Na ocasião, dois guardas do cativeiro foram presos pelos agentes da Coordenadoria Integrada de Inteligência (Coin), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Um terceiro acusado foi identificado, mas continua foragido.

Sequestrador
Wilson Trajano foi capturado numa operação da Polícia Federal e da Divisão de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), da Polícia do Rio Grande do Norte. "Desde que o jovem foi sequestrado (em Mossoró), a gente vinha trabalhando em parceria com a Polícia do Ceará e também com a Polícia Federal", disse a delegada Sheila Freitas.

O sequestrador teria fugido para o Amapá depois que seus comparsas foram detidos pela Polícia no Ceará. Durante o cerco na localidade de Fazenda Garrote, na zona rural de Canindé, foram presos os cearenses José Carlos Anastácio Leitão e Rivelino Raquel Filho, ambos com extensa ficha de crimes.

O quarto homem da quadrilha foi identificado como Ezequiel Serafim Leitão.

José Wilson Trajano de Freitas é conhecido das autoridades policiais cearenses há, pelo menos, dez anos. Em julho de 2006, ele comandou uma quadrilha que sequestrou empresário gaúcho, do ramo de fruticultura, na cidade de Limoeiro do Norte (205Km de Fortaleza). A vítima passou 56 dias em cativeiro, no que se constituiu no sequestro mais logo registrado no Ceará.

Trajano acabou preso pela equipe da Divisão Antissequestro (DAS), na época, dirigida pelo delegado Jaime Paula Pessoa Linhares. O empresário foi levado para cativeiro no Rio Grande do Norte e acabou sendo libertado no dia 28 de agosto depois que a família pagou o resgate.

O empresário potiguar Fábio Porcino Júnior, do ramo de casas de shows e de revenda de veículos, foi libertado do cativeiro em Canindé FOTO: REPRODUÇÃO

Vida de crimes
Apontado como um bandido de extrema violência, Wilson Trajano é acusado também de vários crimes de pistolagem em cidades da região do Vale do Jaguaribe, entre eles, uma chacina ocorrida no Município de Tabuleiro do Norte (209Km de Fortaleza) , no dia 3 de junho de 1998. Na ocasião, duas pessoas foram fuziladas dentro de casa e mais duas baleadas. Segundo a Polícia apurou na época, Wilson Trajano havia sido contratado para praticar o crime em vingança por um assassinato em Jaguaretama.

O criminoso também já foi preso pela Polícia Federal durante um cerco na BR-116, em Russas, ocasião em que trocou tiros com policiais federais e recebeu tiros de metralhadora.

Ele ficou gravemente ferido e passou vários meses preso a uma cadeira de rodas, mas sobreviveu e se recuperou das lesões, voltando a praticar crimes no Vale do Jaguaribe, especialmente nas cidades de Morada Nova, Jaguaretama, Jaguaribara, Limoeiro do Norte, Tabuleiro do Norte, Jaguaribe e São João do Jaguaribe.

Refém
O empresário Fábio Porcino Júnior foi sequestrado quando se encontrava em uma revendedora de carros de sua propriedade, na cidade de Mossoró. De lá, foi trazido pelos bandidos para o Ceará e colocado em um cativeiro no Município de Canindé.

O resgate dele e a prisão de dois dos componentes da quadrilha aconteceu em um cerco comandado pelo próprio chefe da Coin, major Henrique Bezerra; e pelo delegado Santos Pastor.

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