quarta-feira, 29 de maio de 2013

Operação do MP prende quadrilha por fraudes


As investigações do Ministério Público apontaram golpes nas licitações em São Gonçalo do Amarante

Uma megaoperação desencadeada, na manhã desta terça-feira,28,  pelo Ministério Público Estadual (MPE), com o apoio de dezenas de policiais civis, deu cumprimento à maior quantidade de mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos, de uma só vez, pelo Judiciário cearense no combate ao crime de desvio de verbas públicas. A operação, batizada de ´Vil Metal´, aconteceu na cidade de São Gonçalo do Amarante (55Km da Capital).

Na manhã desta terça-feira,28, dezenas de policiais civis cercaram a cidade de São Gonçalo do Amarante, revistaram casas, empresas e órgãos públicos FOTO: NATINHO RODRIGUES

No total, 62 ordens judiciais para detenção de implicados no golpe e devassa contábil em residências, sedes de empresas e de órgãos públicos, e escritórios de assessorias jurídica e financeira.

As investigações realizadas nos últimos meses pelo MP teriam constatado que as fraudes somariam cerca de R$ 3,5 milhões, causando prejuízos aos cofres municipais.

Entre os investigados e presos durante a operação estão o ex-prefeito de São Gonçalo do Amarante, Walter Ramos de Araújo Júnior, que teria se beneficiado das fraudes em bloco; e o ex-tesoureiro da Prefeitura, Wagner Araújo de Farias. Ambos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça no dia 21.


Em nota oficial distribuída à Imprensa, ainda na manhã de ontem, a Assessoria de Comunicação Social da PGJ explicou que a operação poderá se estender por outros Municípios cearenses (sem citá-los), e tem como objetivo, "o enfrentamento aos crimes contra a administração pública, desvio de recursos públicos, ´lavagem´ de dinheiro, evasão de divisas e contratos licitatórios fraudulentos".

À frente da apuração estão o promotor da Comarca de São Gonçalo do Amarante, José Ribeiro dos Santos Filho, e a equipe da Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap) e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), além da Polícia Civil.

Conforme o Ministério Público, os promotores teriam descoberto indícios e provas de irregularidades em dezenas de contratos celebrados entre um grupo de oito empresas prestadoras de serviços e diversas prefeituras.

"O objetivo dessa operação é sufocar o eixo financeiro da quadrilha, cujos negócios envolvem diversas prefeituras, setores do Estado e até da União", relata a nota oficial da PGJ.

Xadrez
Vários empresários, contadores, ex-gestores municipais e outras pessoas foram capturadas no decorrer da operação e trazidas, imediatamente, para Fortaleza.

Os presos foram distribuídos na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil (DGPC), no prédio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e na Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), no Centro.

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