sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Lanterna que dá choque pode levar a morte


Em 24 horas, lanterna que dá choque some das lojas

A lanterna que dá choque e pode levar à morte foi procurada em oito lojas, mas não foi mais encontrada à venda. A descarga elétrica da "arma" é oito vezes mais potente que Taser
As lojas que mantinham à venda das lanternas irregulares nas vitrines, na última segunda-feira (21)

Ninguém sabe, ninguém viu, ninguém vende. “Tem a lanterna que dá choque?”, O POVO quis saber, sem se identificar, dos vendedores de oito lojas do Centro na tarde de ontem. A resposta foi unânime: “Não”. “Sabe quem vende?”, insistimos. “Não”. O olhar era de desconfiança, e os comentários sussurrados entre os lojistas davam conta de uma visita da Polícia Federal na manhã de ontem.

Vinte e quatro horas após denúncia exclusiva de O POVO, sumiram das lojas as lanternas que dão choques elétricos de até 2 mil volts, podendo levar à morte, e vinham sendo vendidas sem nota fiscal. Não se sabe se foi a Polícia Federal que apreendeu as lanternas ou se os próprios lojistas recolheram. A PF foi procurada para informar se houve apreensão das mercadorias - e a quantidade -, mas não houve resposta até o fechamento desta edição. Em visita de fiscalização da Receita Federal ao Mercadão Shopping, na manhã de ontem, foi constatada a ausência dos produtos. Além do empreendimento fiscalizado pela Receita, O POVO visitou lojas da rua Pedro Pereira e dos shoppings Diogo e Dos Fabricantes. A lanterna não estava mais à venda.

Em uma das lojas, a vendedora comentou conhecer uma senhora que havia sido hospitalizada após sofrer choque de um assaltante de porte da lanterna. A descarga elétrica da “arma” é oito vezes maior que a Taser, arma utilizada pela Guarda Municipal de Fortaleza, segundo o professor e coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Unifor, Wellington Brito. De acordo com um segurança particular que trabalha no ramo há cinco anos, é “facinho” adquirir o objeto. Há três meses, ele diz ter comprado por R$ 30 de um vigilante e defende o uso para “inibir a ação” de assaltantes, evitando o uso da arma de fogo.

FONTE: O POVO

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